quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Filme Toy Story 3

Cine-Teatro Alegria - Serra (ES)


Direção: Lee Unkrich
Gênero: Animação/Aventura
Duração: 102 min.
Distribuidora: Buena Vista

Sinopse:
Toy Story 3 traz, Buzz e toda a turma de volta às telonas quando Andy se prepara para ir para a faculdade e seus leais brinquedos vão parar numa… creche! Mas esses bravos baixinhos com seus dedinhos pegajosos não estão para brincadeira, então, serão todos por um e um por todos, enquanto implementam seu plano da grande fuga. Embarcam com eles nesta aventura, muitos rostos novos — alguns de plástico, outros de pelúcia, incluindo o famoso solteiro e festeiro acompanhante da Barbie, Ken; o ator e ouriço de jardineira, Espeto; e um ursinho de pelúcia rosa com cheiro de morango, chamado Lotso Ursinho Fofo.
Trailer
 

Comentários
A terceira parte da trilogia dos brinquedos plenos de vida, agora com a passagem para a fase adulta do personagem Andy. O filme é cheio de aventuras, cores, ritmo, tensões de prender o fôlego. E aproveita para discutir temas importantes para o desenvolvimento das crianças, principalmente as diferenças entre o autoritarismo e a liderança  participativa, o individualismo e a cooperação, a união, o pré-julgamento pela aparência, a lealdade e até a questão da superexposição pelas câmeras, como mostram as cenas do macaco que vigia as dezenas de câmeras da creche: ele é o chamado “olho que tudo vê”.
Além de trazer novos e ótimos personagens como o Ken e o urso Lotso – e a graça renovada dos antigos brinquedos, como o hilário casal Cabeça de Batata, Slinky, os chaveirinhos do Pizza Planet, a cowgirl Jessie, o cavalinho Bala no Alvo e o inocente dinossauro Rex.
Pura diversão, com muita sabedoria. Divirtam-se.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Parte 2 - Filme "Alice no País das Maravilhas", em cartaz até 31 de agosto de 2010.

Comentários sobre Alice no País das Maravilhas

Alice no País das Maravilhas é a recente obra do cineasta Tim Burton, que já nos ofereceu obras-primas como Batman, Batman, o Retorno, Peixe Grande, Edward Mãos de Tesoura, Noiva Cadáver, Ed Wood A Lenda do Cavalheiro sem Cabeça, entre outras obras de um estilo único, sempre marcado pela fantasia , pelo humor, a ironia e a inteligência.

O seu Alice é uma visão própria sobre a obra clássica do escritor inglês Lewis Carroll, e tem no elenco seus fiés escudeiros Johnny Deep, como o Chapeleiro Maluco, e Helena Bonhan Carter, como a Rainha Vermelha (que na verdade é personagem do segundo livro de Carroll, Alice Através do Espelho), time complementado pelas excelentes Anne Hathaway, interpretando a Rainha Branca, e a estreante Mia Wasikowska, que assume a responsabilidade de ser a protagonista do filme.

Tim Burton atualiza o personagem (criado como brincadeira por Carroll em 1862), mostrando Alice aos 19 anos e em processo de passagem para a maturidade, deixando a infância e enfrentando os desafios de uma sociedade conservadora, que lhe cobra procedimentos e comportamentos convencionais e puritanos, que impedem a mulher de seu desenvolvimento autônomo (relegando-a ao papel de esposa ou de solteirona fracassada), e  sendo pressionada pela família a aceitar um casamento destinado a salvar financeiramente a família (o noivo é filho de antigo sócio de seu falecido pai).

Neste contexto vitoriano (a Inglaterra no final do Século XIX), o filme elabora um pequeno conto feminista, uma história de superação. Alice, aos 19 anos, está órfã de pai, porém fortemente ligada a ele pelas memórias e referências de liberdade, empreendimento e decisão, com um destemor ao impossível. Na batalha final, em que enfrenta o símbolo maior de superação, o dragão Jabberwocky, para salvar o reino da imaginação, Alice recita, trás para este momento, um ensinamento de seu pai: todo dia enumera, antes do café matinal, seis coisas impossíveis, mas determinantes para se prosseguir em frente.

Assim, ela busca entender as coisas impossíveis que estão lhe acontecendo:

1.Uma poção que lhe faz crescer;
2.Um Bolo que faz crescer;
3.Animais podem falar;
4.Gatos podem desaparecer;
5.Existe um lugar chamado "País das Maravilhas";
6.Eu consigo matar o Jaguardate (o nome traduzido do dragão Jabberwocky).

Ou seja, é importante acreditar em utopias, traçar horizontes, traçar motivações para o esforço de superação, dimensionar os reais contornos das dificuldades, subverter os símbolos pré-determiandos e com isso garantir o pleno desenvolvimento pessoal.

Alice é órfã e está sendo praticamente empurrada para um noivado e casamento precoces. Ao ser pedida em casamento pelo filho de um dos amigos do falecido pai, um dândi sem graça, ela enfrenta uma decisão que a colocará definitivamente no mundo dos adultos. Na festa que foi tramada para que ela diga sim, ALice avista um misterioso coelho no jardim, olhando seu relógio. Seguindo o animal, Alice cai no buraco que a leva ao Mundo Subterrâneo, cenário de aventuras das quais ela não retornará a mesma.

Burton jamais adaptaria um clássico dessa envergadura se não pudesse, de alguma maneira, subvertê-lo ou, no mínimo, transcendê-lo. A ideia de levar Alice (Mia Wasikowska) de volta ao País das Maravilhas parece suficiente para atingir ambos os objetivos. Ao chegar lá, sua identidade é posta em dúvida por todos que reencontra. Somos inoformados, a esta altura, que só a verdadeira Alice será capaz de confirmar a profecia e enfrentar o dragão Jabberwocky para salvar o mundo subterrâneo do maligno domínio da Rainha de Copas (Helena Bonham Carter). Ela tem que provar sua verdadeira identidade e, mais ainda, estar à altura do desafio que enfrentará. O Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) é o único que acredita na identidade da jovem e na sua capacidade de resolver a questão, que tem a ver com uma disputa antiga entre a rainha de Copas e sua irmã, a doce Rainha Branca (Anne Hathaway).

Ações Pedagógicas

Quanto às ações pedagógicas, o filme perpassa muitos temas e eixos:

Eixos Temáticos

- Trabalho: Alice deve superar as condições morais da sociedade, que condenam a mulher à papéis secundários, e desenvolver seus potenciais de empreendedora, apresentando-se como substituta dos planos mirabolantes de seu falecido pai.
- Sociedade: as formas de organização e estratificação dos papéis sociais estão presentes no filme, no contexto da sociedade Vitoriana, na Inglaterra do Século XIX. Fonte de pesquisa para História e Geografia.
- Cultura: o filme favorece ao debate sobre os traços culturais das sociedades, suas características particulares e a interações entre os diferentes.
Temas Transversais (PCN)

- Ética e Cidadania: questões ligadas ao respeito às diferenças e à unidade na diversidade.
- Meio Ambiente: interação em um ecossistema.
- Sexualidade: As mudanças e dilemas das fases de transição.
-Linguagem e comunicação: A construção da identidade, ou as dificuldades da elaboração de linguagens e possibilitem a intercomunicação e a comunicação da verdade de cada um.
Língua Portuguesa
A leitura e conhecimento da obra de Lewis carroll.

Parte 1 - Filme "Alice no País das Maravilhas", em cartaz até 31 de agosto de 2010.


                                                        
Cine-Teatro Alegria (Serra), ES.
Alice no País 
das Maravilhas




(Alice in Wonderland, Aventura, EUA, 2010, 108 minutos.)

Ficha técnica

DireçãoTim Burton
ComMia Wasikowska , Johnny Depp , Helena Bonham Carter , Anne Hathaway , Crispin Glover
Sites Oficiais
 Clique aqui e aqui.




Sinopse

Alice (Mia Wasikowska) é uma jovem de 17 anos que passa a seguir um coelho branco apressado, que sempre olha no relógio. Ela entra em um buraco que a leva ao País das Maravilhas, um local onde esteve há dez anos apesar de nada se lembrar dele. Lá ela é recepcionada pelo Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e passa a lidar com seres fantásticos e mágicos, além da ira da poderosa Rainha de Copas (Helena Bonham Carter).




Trailers Dublados





Apresentando o Chapeleiro Maluco








Passo maluco do Chapeleiro Maluco




Making of - parte 1







Making of - parte 2






quarta-feira, 28 de julho de 2010

Filme "Onde Vivem os Monstros" - em cartaz até 28 de agosto de 2010

Cine Teatro Alegria - Serra (ES)


Onde Vivem os Monstros   
(Where the Wild Things Are, Alemanha / EUA, 2009, 101 minutos)
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Lauren Ambrose (KW), Catherine Keener, Catherine O`Hara, Forest Whitaker, Paul Dano.

Sinopse
Max, um garoto travesso, foge de casa depois de uma briga com sua mãe. Durante sua fuga, usando a imaginação, ele cria uma floresta habitada por animais selvagens e monstros exóticos, onde ele é o rei. 

 Trailer dublado
 
Saiba mais sobre o filme. Leia as críticas nos sites abaixo:

Análise da equipe
O tema central do filme está no desenvolvimento da criança, na fase de transição para a adolescência, no momento da afirmação da identidade.
Um momento de individualismo e egoísmo em sua plenitude, quando a criança tem que se defrontar com os limites impostos pelo convívio no coletivo e começa a perceber os conceitos de ética.
Mas é um momento difícil, principalmente para uma criança como o Max (nosso herói), cuja ausência da figura paterna é marcante e lhe força a desenvolver a própria personalidade de forma solitária a traumática.
Na história, Max se desentende com a mãe (que estava com um novo namorado, a desafiar seu lugar de exclusividade. Ele também tem ciúmes da irmã, que prefere os amigos adolescentes) e foge de casa, afastando-se demais e isolando-se à beira mar. A partir daí, Max desenvolve um mergulho em suas fantasias,onde se defrontará com as manifestações de sua personalidade em desenvolvimento, típicos de qualquer criança em sua fase.

Refugia-se então em uma viagem em alto mar, desafiando os perigos típicos de um grande aventureiro, parando em uma ilha selvagem, terra habitada por criaturas enormes e peludas, e se proclama rei. Ali ele se confronta com seus sentimentos: a carência, a agressividade - a tal inocência cruel das criancinhas, a amabilidade e criatividade espontânea, a contemplatividade e melancolia, a disponibilidade e companheirismo e um único sentimento externo à Max - o materno. E, principalmente a confusão egocêntrica e a impetuosidade de Max. Este sentimento na verdade vem caracterizado numa figura - um dos bichos peludos - aconchegante e protetora, uma imagem paterna, que lhe serve de referência de afirmação, que se elabora a partir do ego e de seu confronto com o mundo.
Aliás, todos os sentimentos estão configurados nas criaturas enormes e peludas, que o criativo diretor Spike Jonze faz questão de criar em atores usando pesados trajes - fantasias, numa clara homenagem à infância perdida de outrora, diferente dos tecnológicos tempos modernos.
São os sentimentos que esboçam na criança, em fase de transição, o arcabouço ético do mundo adulto. Vejam este trecho de uma crítica do JORNAL DA TARDE (SP - 16 - 01 - 2010):
"Recebido com festa por então inofensivos monstros, Max logo se autoproclama rei. Uma boa bagunça parece a solução perfeita para esquecer os problemas de casa, e o garoto se vê feliz e seguro com os novos melhores amigos. Confiante e imponente com sua coroa dourada por cima da fantasia de lobo, Max usa seus poderes de rei para prometer felicidade, e convence os grandes súditos a construir uma fortaleza para proteger o reino de invasores."
"Mas quando alguém se machuca e põe fim às brincadeiras, o garoto aprende que até os monstros têm neuroses e fraquezas. Assim como no complicado mundo dos adultos, as criaturas sofrem com insegurança, medo, desconfiança. As juras de amizade se perdem em acusações. Questionam: E se Max não for rei de verdade?."
"Amedrontado por agora terríveis monstros, Max precisa demonstrar segurança e dizer, sem ter certeza, que tudo terminará bem, sob o risco de ser devorado pelas criaturas. Nessa hora, então, bate saudade do lugar acolhedor onde pode ser apenas criança. Hora de voltar para casa."
Ou como propõe o slogan publicitário do filme: "Dentro de nós está tudo o que você já viu, tudo o que você já fez, todos que você já amou. Há um dentro de todos nós."
De todo modo, um filme belíssimo, de apurada elaboração artística e filosófica, que deve ser degustado e saboreado. Belas imagens, música envolvente e que cria outras dimensões afetivas e narrativas para os temas.
Preparem seus alunos para uma aventura diferente, para um filme pouco usual, e no entanto especialíssimo. Indicado para as turmas de 5as. e 6as. séries e equivalentes anos.
Ações propostas
            Eixos Temáticos
            - Sociedade
            - Cultura
            Temas Transversais (PCN)
            - Ética e Cidadania
            -Linguagem e comunicação
            
Podem ser propostas redações que motivem e provoquem as crianças para materializarem (em texto) sobre os seus "monstros", a percepção do mundo em seu redor e o significado desses elementos em suas imaginações. Questões ligadas à família, ética de grupo, vida comunitária, respeito à diversidade também são pertinentes ao universo abordado.
Os professores de geografia e história podem se aproveitar das belas locações e cenários para trabalharem as noções de ilhas, continentes, desenvolvimento da civilização e da cultura humana, apesar de terem que abordar estes temas por aproximação, pois não são temas diretamente discutidos pelo filme.
Em ciências temos as questões ligadas ao ciclo das águas e ecossistemas, também abordados por aproximação.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Invictus

Cine-Teatro Alegria - Serra (ES)

titulo original: (Invictus)
lançamento: 2009 (EUA)
direção: Clint Eastwood
atores: Morgan Freeman , Matt Damon , Tony Kgoroge , Patrick Mofokeng , Matt Stern
duração: 134 min
gênero: Drama

 site oficial: http://www.invictusofilme.com.br

Sinopse

Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência que a África do Sul continuava sendo um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesse usar o esporte para unir a população. Para tanto chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para que a selação nacional seja campeã.


Trailer